Uma praia que nos não tínhamos a menor idéia de onde/ porque/o que tinha nela.
Chegamos e mais uma vez nos surpreendemos com a vista. Mar lindo, azul e reto. Caminhamos na praia, muito frio, pessoas correndo, deitadas, com crianças.. na verdade so tinha criança na cidade.
Encontramos um deck.. tiramos mais 87 fotos, vimos o por do sol, falamos mais algumas besteiras e fomos andar na orla. Parecia a riviera deles, muita gente bonita, coisas caras, restaurantes na beira da praia, construções novas e bonitas.
Andamos, andamos e no começo da noite fomos embora, mas antes encontramos um Mc donalds! Um verdadeiro luxo, aproveitei ao Maximo. Pegamos a estrada, musiquinhas, fofocas, brincadeiras de ônibus, uma delicia.
Chegamos em Milão domingo 23h.. vim para casa tomar um banho e dormir na minha cama, finalmente!
Foram 4 dias de viagem, 3 noites na van, 1 banho, 150 euros muito bem gastos, alguns sonhos realizados, pensamentos felizes, cansaço generalizado, balada avassaladora, muita risada, novos grandes amigos e uma vontade gigantesca de se jogar no mundo so pra ver queléqueé.
Chegamos a cidade depois da Brigite( GPS) nos mandar para uma outra cidade numa rua sem saída..Logo que chegamos já deu para ver a pontinha da torre! Comecei a dar gritinhos de emoção no carro!
Linda, fui correndo para ela.. na verdade da um pouco de decepção porque a praça é bem pequena.. na verdade é um batistério( enorme, o maior da Europa), a Duomo e a torre que é um campanário.. tem o gramado, que é pequeno e um murao em volta.. pq tem mais edifícios antigos. O murao é cheeeio de camelos.. meio 25 de marco dos bibelôs.
A torre é realmente muito torta e linda. O maior erro de engenharia que deu certo. O cara foi tentar se megalomaníaco, mais que o do batistério( que já é mto grande para o tamanho da igraja) e se ferrou.. já começou torto e esta la gracas a engenharia pq pela gravidade...
So conseguimos entrar no batistério.. grande e meio sem graça.. até que uma funcionária entra, vai até o centro e começa a meio que cantar.. o edifício faz um eco como nos filmes, como os padres cantando, faz um eco surreal. A visita valeu pela mulher cantarolando. Arrepiou.
Entramos na Duomo, muito bonita, mas coitada... com aquela torre tortinha do lado, não tem pra ninguém!
Todos so tiram fotos da torre, vi poses de todos os tipos, fiz umas 78 so para mim, tirei umas 45 fotos so com ela. Mas não conseguimos subir pq custava 15 euros e a porxima visita era as 16h... e ainda eram 13h. Ficamos por ali, comemos, aproveitamos, compramos e decidimos ir para uma praia no fim da tarde..
Siamo apena arrivati, ragazzi!! Mais uma cúpula/Duomo famosa.. paramos o mosntro já com facilidade, já estávamos craques. Andamos pela cidade, tudo de novo.. uns procuravam albergue outros,( eu) praças para sentar no chão e curtir a vida. Achamos a praça do Campo, a que é rebaixada, como um “laguinho”. - pratcamete um pecado eu falar isso.. Muito bom sentar ali, todos sentam, comem, dormem, namoram. Tem bares ao redor, muita gente.
Nosso primeiro passeio foi subir numa “torre”, não é uma torre, é uma construção ao lado da igraja mas não é a igreja. Alguns muitos degraus e a visão de Siena completa. Lindo, mais uma surpresa, dava pra sentar e pensar na vida. Depois corremos para pegar o museu da igreja aberto, ver todas as pecas originais que foram retiradas da fachada. Entramos na Duomo, linda, maravilhosa, a mais bonita até agora. Ela tem um piso de mármore muito famoso, em que cada pedaço (grandes/enormes) foi feito por alguém famoso, meio em relevo. Hoje não se pode nem pisar, tem uns caminhos certos para percorrer. Fiquei ali, deslumbrada, tentando ouvir explicações alheias.
Depois mais correria para entrar na cripta, que não tinha nada além de afrescos, ficamos meio decepcionados quando perguntamos sobre os corpos encontrados e a mulher nos disse que na verdade eles ainda estão procurando a verdadeira cripta, que essa foi encontrada apenas com afrescos... Humpf.. não é uma cripta então!
Corremos para o batistério, pinturas e mais pinturas no teto, sentamos e ficamos meia hora conversando da vida, da balada... muito estranho fofocar num batistério. Saindo eu encontrei um guia perdido! Agora tenho um guia da toscana para a próxima viagem! Uhu!
Fim de tarde, procuramos um Mc donalds.. mas nada dele.. acabamos na praca do campo , mto chiques num barzinho comendo e bebendo.Tudo com mta economia, claro. 3,5 e se come a vonts.. na verdade os itlianos nunca contam que voce vai la para Jantar ! Depois vinho para agüentar o frio. A turma se separou depois que eu fui em busca de uma rolha para fechar o meu vinho e nos nos perdemos.. não estávamos perdidos até começarmos a cantarolar musicas sertanejas pela rua e esquecermos da vida.. estávamos completamente perdidos, com um mapa que não tinha os nomes das ruas.. pergunta pra ca, para la.. para usn 2 gatos perdidos...
Chegamos a uma escada rolante que atravessava uma pirambeira gigantesca da cidade, a que nos avistamos quanto chegamos. Ela descia em patamares muitos metros.. chuto mais de 15m. Passa pro baixo de uma florestinha e sai na base de uma igreja gigantesca, daquelas que da medo de olhar o tamanho do muto. Enfim, chegamos na van. Acordamos cedo e fomos para Pisa...
Acordei meio de ressaca, com a roupa da balada, olhei pra trás parecia a praça da Sé... cobertores pra todo lado e gente dormindo com cara de amassado. Algumas horas de muita risada, reconstituições bizarras da balada, mais muitas risadas,placas estranhas, paisagens maravilhosas, chegamos a cidadezinha medieval.
Fotos, muitas fotos.. era de manhazinha, a cidade ainda estava acordando, ruazinhas minúsculas e túneis para todo lado, me senti num livro de história. Não imaginava que uma cidade dessa existisse mesmo, impressionante. Achamos os pontos turísticos, gastamos mais alguns euros e subimos alguns muitos degraus até chegar no topo da torre.. uma das 14 que tem na cidade hoje, mas diz a lenda que tinham 72! Inimaginavel visto o tamanho da cidade.
A vista era realmente deslumbrante, a cidade acabava logo ali, fiquei olhando, pensando como era louco viver naquela época onde não so a muralha acabava logo ali, mas o mundo para quem morava também acabava. Tudo muito igual, pequeno, amontoado, marrom. La de cima dava para ver a toscana inteira!( ao menos eu pensava assim).
Não tem muito o que fazer na cidade, tem igreja, museu, mas tudo muito pequeno. So subimos na torre, demos uma passeada pelas ruinhas, comemos numa lanchonetezinha na qual a dona ficou brava com a grande movimentação do local. Aqui eles reclamam quando tem cliente.. coisa estranha.
Depois de muitas fotos.. van de novo..estrada estrada, GPS, paisagem, batata, maça, bolinhos...
Ju (UFSCar)- “Ju , vo viajar com uns brasileiros pra toscana na quinta e tem lugar na van, vamo?” Ju(eu)- “qto morre?” Ju(ufscar) “ahh, acho que uns 50 o carro + gasolina” Ju(eu)- “mas pra onde vamos?” Ju( ufscar) “Ahh.. Fierenze, siena e Cia” Ju(eu) “fechou, eu vo... quinta neh?.. voltamos domingo... ok!”
Quinta feira ás 8h da matinha estava eu na casa dello studente encontrando a Belle( puccamper) para irmos ate a estação central encontrar as outras 7 pessoas que nos ainda não conhecíamos nem de nome. Encontramos todo mundo e começou a farofada.. pão pra Ca, salame pra la, 2 cariocas eu, a Bele, a Ju, mais 4 politrecos! Siiim, politrecos. Algumas horas depois.. já eramos íntimos, foi amor a primeira fofoca!
Arrivamos a firenze, uns foram fazer chek in de albergue e nos, os roots econômicos(eu , Bele, Ju e Enzo) ficamos para estacionar a van.. nosso novo amigo mosntro. Imagine uma van numa cidade onde mal se passa bicicleta. Paramos, perguntamos, descobrimos que estávamos prestes a tomar uma multa pq não poderíamos nem ter entrado no centro histórico com o carro pq não éramos moradores nem estávamos com veiculo devidamente apropriado.
O perrengue começou ai.. ate sair no local, procurar um estacionamento, descobrir que o carro não entrava pq era mto grande, parar em uma vaga esperta e não conseguir mexer na maquininha de moedas e 2 caras virem nos ajudar e nos contar que faixa azul so poderiamos ficar durante 2 horas.. e visto que o plano era dormir no carro... mudança de planos.. anda , anda , anda , a Brigite já cansada( nossao GPS), achamos um estacionamento com a nossa cara..sem segurança , baratinho e num cantinho perto. Ali ficamos e fomos conhecer a cidade.
A primeira visão: a Cupula de Bruneleschi! Que emoção! Parecia eu tinha acabado de entrar na faculdade e estava na 801 ouvindo o Lefevre falar bem baixinho dela. Linda de morrer, ela é tão grande que mal cabe na praça. Fotos, muitas fotos. Avistei a famosa porta dourada, mais fotos, mais risada com as explicações alheias. Fomos em busca dos outros museus, reservas por telefone loucamente enquanto andávamos pelas ruazinhas cheias de turistas, chovendo, ventando, frio e eu feliiiiz da vida!
Fomos direto para a Galeria delle Uficci ver toda a historia da arte I, II, II, DXV.. em quadros nada mais nada menos que originais. Tudo muito lindo e emocionante. E o mais legal: “sono studentessa di architettura.” Pronto.. disse isso e o mundo dos museus se abriu sem taxa alguma para mim! Uhuuuu Chuuuupa Poli! Todos os quadros muito bem restaurados, preservados. Guia na mão e fui ver todos, desde os que eu nunca tinha visto na vida até a anunciação de um tar de Léo da Vinci aí. Muito legal, adorei, cansei muito porque o museu é enooorme e dá vontade de ficar a tarde toda la dentro vendo todos, lendo tudo.
Sai de la realizada e com muita fome..Comemos e tivemos a grande ideia de comrpar vinhos and chocolates. A noite ficou muito mais animada, dançamos na frente de um bar que o cantor tocava musicas brasileiras num tecladinho, animamos o local, pessoas pararam para nos ver, um show digrátis para os italianos. Dormimos na van-passei um pouco de frio mas o que vale é a emoção e os 20 euros economizados.
Outro dia cedo.. cadê o banheiro? O perrengue continuava, nos trocamos e fomos em busca de higiene e conforto. Depois de limpinhos e comidos, la fomos nos de novo conquistar o mundo dos museus. Direto para a Duomo ver qualéqueé a da Cupula. Linda, porem despida porque tudo estava num museu que nós não conseguimos visitar. Eu não liguei muito pois o que eu queria mesmo era ver a bixinha por fora. Andamos, perambulamos, compramos, tiramos fotos e entramos na Galeria Dell `Academia onde esta o meu mais novo amor: DAVI- lindo, maravilhoso, perfeito, apaixonante. Sai de la maravilhada, leve e saltitante. Um sonho ver tudo isso de pertinho como eu nunca tinha pensado. Vi esculturas que pareciam que iam abrir os olhos a qualquer momento de tão perfeitas.
Fomos andar na ponte vechio- linda como eu imaginava. Turistamos muito, mais fotos e que cada vez mais encantada com a cidade. Passeamos mais um pouco, eu a bele e a Ana( carioca) fomos no palazzo pitti para ver umas salas e o jardim.. idéia errada porque estava uma chuuuva do cão, não deu para ver muita coisa do jardim, que dizem que é maravilhoso. Vimos so o palácio, que é muito legal, tem as salas reais, tudo conservado, cenário de filme.
Depois da maravilha vem o perrengue... onde tomar banho? Tive a grande idéia de ligar no albergue do resto do povo e pedir por favor.. fui bem recebida! La fomos nos mendigar um chuveiro. Meta cumprida.. onde será a balada??! Eis que os erasmus( estudantes da minha facul) chegam a Firenze também: 150 gringos pra festar com a gente.. la fomos nós de novo com a nossa van, pq afinal, nos poderíamos ir a qualquer parte com ela! Fomos na festa do albergue, nos embebedamos, rimos muito, conhecemos mais 1 ou 2 gringos e gringas e fomos embora de madrugada para mais uma cidade...
Como a Julis é uma poia mesmo..vim aqui ajudá-la no Blog. Julis você loga, clica em “Nova postagem”, escreve todo o seu bla bla bla; e seguida clica em “Adicionar imagem” –põe ela onde você quiser (Esquerda-Centro-Direita), relê tudo pra ver se ficou bom..e clica em “Publicar Postagem”
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Já que estou aqui, não resisto a deixar umas palavrinhas para a mana.Palavra do dia: “Saudades”. Lembro de quando eu estava na primeira série e eu ganhei um 10 em redação porque escrevi sobre “Saudades”. Eu dizia que sentia falta de uma amiga distante, que foi brincar em outro lugar, novinha assim...aos 7 anos de idade. Lembro até hoje da frase final: “Não sei se essa saudade é boa ou ruim. Só sei que sinto saudades”.
Eu sempre tentei não dar a esse sentimento uma conotação de bom ou ruim, bem ou mal. Porque saudade você sente...ou não. E às vezes pode doer, é verdade, mas a falta é algo que não depende de nós...e eu tenho sérios problemas em aceitar as coisas que não dependem de mim, então eu tento neutralizá-las.Faz bem sentir saudades, significa que algo é importante pra você. Mas não deixe a saudade e a nostalgia, às vezes, fazer com que você se esqueça do que não está em falta, do que está perto de você. Olhe pra sua nova casa como se ela fosse seu novo lar, aproveite pra olhar as coisas que você tem à volta. Esses momentos são únicos. Mesmo que você volte um dia, eles nunca mais voltarão e eles também deixarão saudade. Aproveite a sua nova vista, seus novos amigos, suas novas paqueras, o gelatto da sorveteria, as árvores das montanhas, o jeito diferente de ser das pessoas, a neve, a facilidade de viajar, a liberdade de conhecer tudo novo, de poder ter a sua própria impressão de tudo, de poder recomeçar a qualquer hora.Enfim, aproveite tudo o que a sua nova vida te dá. Nós, a família, os amigos, estaremos sempre aqui, te esperando pra quando você voltar, e tudo estará quase igual.A vida de “Erasmus” é uma só.Enjoy it!
“Quand les avions en papier ne partent plus au vent On se dit que le bon temps passe finalement Comme une etoile filante” Etoiles Filantes - Cowboys Fringants
Quando os aviões de papel não partem mais ao vento Diz-se que o bom tempo passa, enfim Como uma estrela cadente”
Beijos da Milia, saudosista em rever os amigos do outro lado do oceano, em ver a neve no topo das montanhas, em poder partir a qualquer momento...ver o mundo!Nos encontramos no velho continente.
Queria uma praia.. ontem acordei, td malandrona no meu 1 dia de aula de verdade, coloquei uma camisetinha, um casaquinho e um lenço.. de buenas no outono. O primeiro passo que eu dei na rua o vento quase me levou, me enfiei num redemoinho de folhas, meu ouvido doía muito, um vento gelado que doía na alma.. e o povo desfilando. Só eu encolhida...Na escola aulinha dibuenas, já temos uma apresentação para fazer sobre a Lina Bo- a casa de vidro- Sussa- brasileira, sabemos tudo( na verdade ela é italiana, mas ela falava que era brasileira.. quem sou eu pra desmentir a Lina Bo- ela fez o MASP!)O ruim dessa historia é que é pra segunda feira que vem, já, em italiano e só eu e a Mari- pq como bons Milaneses/italianos do norte, eles são metidos, não falaram com a gente e teremos que fazer sozinhas- conseguimos ao menos que uma mina nos enviasse a matéria.. já foi grande coisa.O professor da tarde- projeto- qdo ouviu que éramos brasileiros-“ahh aqui se trabalha mto, é a matéria mais difícil e eu não vo passar ngm só p é de longe!”ahahaha e eu “claro, claro, eu entendo, é como no Brasil” hahahah assiti uma aula-mto boa porem pra amanha já tínhamos que fazer uma maquetinha de papel pluma! Um cubinho que não quer dizer nada e nem ensina nada.. como os trabalhos o 1 ano.. 1 ano de cu é rola, eu to quase no 5 .. já desisiti dessa.Hj terça, fui na escola pra comprar a viagem pra pisa/siena/firenze de excursão da escola... naipe october.. foto, visitas, breja, breja, breja/festa... mas não tinha lugar , to na fila de espera. Se não der certo se pá é a ate melhor pq nesses lugares eu queria ir de arquiteta, não de ressaca.Depois entramos em uma aula de projeto de hospital, na qual o prof principal é um velhinho que manja tuuudo, adorei! Fomos la tentar uma vaga( pq aqui acabam as vagas) e o cara falou que não tinha... nos falamos que éramos erasmus.. o cara foi falar com o velhinho e qdo ele soube de onde éramos... ahhh podem assistir sim! UhuuuuAdorei a aula.. so que já era o 2 dia, já estavam entregando coisas e nos la, perdidaaaços. Até que um prof gente boa veio falar com a gente, nos apresentou pra sala "ó, tem 2 brasilieiros aqui, quem quer fazer grupo com eles?” Rá! Conseguimos pessoas interessadas em nós !To com 2 meninas, uma do 4 ano( graças a deus) e uma do 2. A do 4 é meio chiquezinha cheia de estilo e a do 2 é uma gordinha meio estilinho emo estilosa. Elas foram mto gente boa comigo. Gostei.. depois falamos com os professores.. que foram super simpáticos, falaram e cassia eler, bosa nova.Bom, por enquanto é so... hj tem encontro de erasmus de boas.. comer e vir embora.
Primeiras impressoes.Por aqui tudo tem cara de velho e muito moderno ao mesmo tempo. Arquitetura totalmente restaurada, os edifícios do mesmo jeitinho de antigamente. O respeito pelo tradicional é muito forte, quase não se vê construções modernas ou completamente novas pela cidade.A primeira impressão foi boa mais um pouco confusa. Cheguei no aeroporto, esperava algo como o de Amsterdam, gigantesco e moderno. Mas não, ninguém nem ao menos para me fiscalizar, uma bagunça, ônibus na porta, descobre-se para onde tem que ir e se vai. O aeroporto não é na cidade e o ônibus te leva até a estação central. Chegando no centro, uma bagunça no transito, carros estacionados de qualquer forma, na esquina, fazendo curva, em cima da calçada, no meio da pracinha do cruzamento.Uma bagunça total!Chegando em casa, um prédio de 4 andares com jeito de aconchego, sacadinhas vermelhas e pessoas andando com seus cachorros na rua. O elevador é de 1800, tem uma porta que vc abre como uma normal, tem maçaneta, você gira, abre e dentro( aquelas automáticas) não são automáticas! Abre para dentro, num vão de 0.8m no máximo. Entrando, todo vermelho com cheiro de cinema antigo, todo de madeira, pequenininho, para 3 pessoas . Você deve fechar a portinha de fora, as de dentro, apertar o 4 e rezar para ele subir!Em casa, tudo uma gracinha, sala, quarto, cozinha.. mas cadê o chuveiro? Eles não usam chuveiro como os nossos, pelo menos nos apartamentos antigos. No meu existe um chuveirinho de 10cm de diâmetro que por sorte fica na altura da minha cabeça.Eles também não tem tanque! Tenho que lavar minhas roupas na banheira, como lavadeira de rio.O supermercado também é uma diversão! Tudo tem que olhar, olhar, pensar o que seria aquilo, com seria no Br, pensar quanto custa. Muito difícil em algumas ocasiões. A parte de frutas e vegetais é bem moderno, tem a maquininha para pesar, você escolhe, coloca no seu saquinho, vai e pesa vc mesmo. Coloca em cima e aperta o número correspondente á sua compra. Eles confiam muito na honestidade do povo.Confesso que dá vontade de colocar o preço mais barato, já que eles também não conferem, mas se está aqui.. faça como eles. Deve ter algum motivo para isso tudo não virar uma grande baderna. Isso também eu sinto nos ônibus, em que não há cobrador, você entra, coloca o seu cartão na maquininha, ela carimba e se o fiscal aparecer você mostra que pagou. Simples assim. Porém, todos falam que é muito difícil o fiscal aparecer, ai é que abre a brecha para os brasileiros malandrões! Mas como uma amiga já foi pega pelo guardinha, acho melhor pagar.Só alguns comentários- ainda devo contar das festas.. em que as relações entre as pessoas de sexos diferentes são estranhíssimas. Brasileiro é que sabe mesmo como é que se faz!
Tudo começou na sexta feira( 02/09), pegamos um ônibus fretado pela Politecnico as 23h e la fomos nós. No busão aquela confusão de línguas por que erasmus da Europa não fala niente de italiano, só nós os brazucas mesmo de preparados. Juntamos-nos com os brasileiros, mais animados como sempre. Lah fomos nos.. 2 paradas, uma na suíça e outra já na Alemanha. Aquele choque de realidade/língua/temperatura. Quando percebi estava falando meu inglês aportuguesado , pedindo um Mc pra uma loira velha robusta com calças de homem. Vem vinda á Alemanha!
8 h de viagem e la estávamos nós, avistando Munchen com seus locais vestidos de forma estranha. Estranha até descermos do ônibus e percebermos que nós éramos os estranhos e estávamos super fora da moda local.
Ás 10h conseguimos comprar nossa 1 grande caneca pesada de cerveja, brindamos como alemães, batendo a caneca fortemente sem quebra-la! Magico! Todos ficam em grandes mesas e as mulheres servem as cervejas. Cada uma carregando pelo menos 8 canecas de cerveja, fazendo as contas,½ kg por caneca, mais 1kg de breja... elas são mto fortes! O dia todo assim.. enquanto os homens bebiam. Pq eu não vi nenhum homem trabalhando! Se você se colocasse no meio do caminho delas, elas te empurravam mesmo com todas aquelas cervejas, gritavam xingando em alemão, você não entendia nada mas fazia o que elas queriam porque dava muito medo!
Breja vai, breja vem, eu ganhando o maior numero de “Ois” da minha vidapq eu estava com a camiseta do Br. Ooo lugarzinho pra ter brasileiro! Tirando fotos com todos os loiros de calças curtas que eu encontrava, levando tapa na bunda de desconhecidos que depois se misturavam na multidão.”Brasil!!! ” e záááá na minha Buda! Xinguei a valer em português. Foi difícil essa parte. “Brazilian?? Sit here!” dando tapinhas nas pernas.
Fiz amizades com gringos vestidos a caráter, pq essa era a brincadeira do dia! Loiros, lindos, altos, fortes e de bermudinhas! Oooo terra de Deus! Parabéns para eles.
Ás 15 h todos já bêbados tivemos a grande idéia de seguir a excursão em um tour pela cidade, foi mto legal conhecer mas foi mto sofrido.. visto que estávamos bêbados e sem rumo. Logo após as fotos em praças famosas fomos para uma cervejaria antiga, a HB. Um lugar enorme, com musica e dança tradicionais, homens grandes loiros , fortes e sedentos por cerveja gritavam e batiam nas mesas . I Proust! I Proust!! Brinde vai, brinde vem... mais cerveja.
Voltando para o parque onde tem a festa vi um alemão empurrando suamulher( mto grande também) e ela caiu como um saco de batata no chão, bateu a cabeça e ficou ali morrendo. A policia estava do lado, 1 cara foi ajudar a robusta e o outro .. O que o outro fez? Foi revistar a mochila do meu amigo! Não fez absolutamente nada com o homem que espancou uma mulher! Povo estranho, policia de dar medo até em negão.
Depois dessa e de outros tantos bêbados pelo caminho- que é uma coisa super normal, ngm olha feio para um cara jogado no meio das criancinhas brincando..”deixa o cara!” tds respeitam o seu estado lastimável devido ao álcool– fomos embora.. na verdade esperamos 2h por que um espanhol se perdeu, se embebedou demais e não conseguiu sair da festa. Resultado: o espanhol ficou sozinho perdido na Alemanha. O busao tinha horário pravoltar, tiveram que deixar o gringo la. Sabe deus o que aconteceu com ele, so sei que ele não tinha amigos!
1 grande lição da terras da cerveja: beba até morrer, mas tenha alguém pra te carregar!
Mais 8h de viagem, um sofrimento terrível pq os bancos não inclinavam. Dor nas costas, vontade de fazer xixi e não tinha banheiro. Um inferno, mas tudo bem, fiz um bate volta na Alemanha por 50 conto!
